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Em 10 anos, número de estabelecimentos comerciais caiu 7,7% em Americana

Queda foi registrada de 2007 a 2016, com destaque para a baixa na quantidade de supermercados e lojas de eletrodomésticos e eletrônicos

Vasconcellos: A partir de 2014 começamos a ter o início da crise, que refletiu no fechamento das pequenas empresas e na maior concentração dos estabelecimentos
Vasconcellos: A partir de 2014 começamos a ter o início da crise, que refletiu no fechamento das pequenas empresas e na maior concentração dos estabelecimentos

O número de estabelecimentos comerciais em Americana caiu 7,7% de 2007 a 2016, segundo estudo do Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste, em parceria com a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo ). Os dados foram levantados a partir da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), órgão do Ministério do Trabalho.

No período, 349 empresas do setor foram extintas no município, reflexo da crise econômica, segundo o assessor econômico da FecomercioSP, Jaime Vasconcellos. “Até 2013 o Brasil apresentou um bom crescimento. A partir de 2014 começamos a ter o início da crise, que refletiu no fechamento das pequenas empresas e na maior concentração dos estabelecimentos”.

Das atividades consolidadas, as maiores retrações foram registradas nos supermercados (-21,6%) e nas lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-11,8%). Na contramão desse movimento apareceu a abertura de farmácias e perfumarias, com crescimento de 20,9%.

Evolução dos estabelecimentos comerciais varejistas em Americana: 2007 a 2016

Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho / Elaboração e Cálculos: FecomercioSP
Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho / Elaboração e Cálculos: FecomercioSP

Apesar da redução de quantidade de supermercados em Americana, a atividade aparece como a segunda maior participação entre os estabelecimentos do comércio varejista local, com 16,7% do total. Em primeiro lugar aparecem as lojas de vestuário, tecidos e calçados (19,1%).

Comum no setor como um todo, as micro e pequenas empresas predominam, também, no comércio varejista da cidade. Do total de estabelecimentos, 84,3% possuem até quatro funcionários, sendo responsáveis por 19,7% da força de trabalho do setor.

No município, de todas as concessionárias de veículos, 89% têm até quatro empregados, cenário similar às lojas de vestuário, tecido e calçados, onde 87% são desse porte.

Os estabelecimentos que possuem de 5 a 9 trabalhadores representam 9% do comércio varejista local, empregando 19,3% dos profissionais. Já as empresas do setor com maior porte, apesar de menor participação em quantidade de lojas, empregam percentuais expressivos de mão de obra. O destaque fica por conta dos estabelecimentos com mais de 50 colaboradores, que têm participação de 0,6% no mercado, mas possuem 25,1% do estoque de empregos formais.

Número de empregos formais por tamanho de estabelecimento – 2016

Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho / Elaboração e Cálculos: FecomercioSP
Fonte: CAGED – Ministério do Trabalho / Elaboração e Cálculos: FecomercioSP

Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 154 sindicatos patronais – entre eles o Sincomercio – e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de 30% do PIB paulista – e quase 10% do PIB brasileiro -, gerando em torno de 10 milhões de empregos.