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Novembro: Índice de Confiança do Consumidor cresce pelo 2º mês consecutivo

Segundo FecomercioSP, o indicador registra alta de 1,1% no mês e cria boas perspectivas para as vendas de Natal

icc comercio centro natal
Foto: Arquivo/Acia

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do município de São Paulo atingiu 104,0 pontos em novembro, alta de 1,1% em relação aos 102,8 pontos vistos em outubro. Ainda que na comparação com o mesmo mês de 2016, quando o indicador marcava 110,3 pontos, haja uma redução de 5,7%, o fato da confiança do consumidor ter crescido pelo segundo mês consecutivo abre boas perspectivas de vendas para o Natal.

O ICC é elaborado mensalmente pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

Os dois componentes do indicador mostraram comportamentos diferentes em novembro. Após dois avanços seguidos, o ICEA registrou leve queda de 0,8%, ao passar de 73 pontos em outubro para 72,4 pontos em novembro, e o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) avançou 1,9%, registrando 125 pontos em novembro em relação aos 122,7 pontos do mês anterior. No comparativo anual, o ICEA apresentou alta de 20,4%, e o IEC registrou queda de 13%.

Segundo a assessoria econômica da Federação, as percepções médias dos consumidores registraram uma ligeira queda enquanto as expectativas voltaram a subir, itens que, somados, fizeram o índice aumentar. Na comparação anual, o ICC teve a terceira baixa consecutiva, efeito ainda da instabilidade no âmbito político nacional. Entretanto, a recuperação da renda e do emprego já dão sinais mais sólidos em seus resultados, segundo a Entidade, e devem acelerar de forma mais consistente o poder de compra dos consumidores e, consequentemente, a retomada da confiança.

Gênero e renda

No resultado apurado pelo ICEA, destaca-se a assimetria registrada na classe dos gêneros, o que pode ser interpretado como um ajuste de percepções. O grupo masculino registrou queda de 2,7%, ao passar de 82,8 pontos em outubro para 80 pontos em novembro, e o grupo feminino descreveu alta de 1,5%, passando de 63,8 pontos em outubro para 64,8 pontos em novembro. Outro destaque é o avanço de 6% por parte dos consumidores com idade superior a 35 anos, cuja pontuação passou de 61,8 pontos em outubro para 65,5 pontos em novembro, a maior desde abril de 2015.

Em relação às expectativas, medido pelo IEC, destaca-se o avanço no grupo de consumidores com renda familiar inferior a dez salários mínimos e também dos consumidores com idade superior a 35 anos. Os grupos assinalaram altas de 3,2%, ao passar de 114,4 pontos em outubro para 118,1 pontos em novembro, e de 3,6%, ao passar de 117,6 pontos em outubro para 121,8 pontos em novembro, respectivamente.

Metodologia

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de cerca de 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.